Na madrugada do dia 14 de abril, José Aparecido viu Jeane cair de uma ponte, em Brasília, vítima de um acidente com uma moto. “Ela só pediu socorro duas vezes, não deixei ela pedir a terceira”, conta o lavador de carro José Aparecido Dantas.
O lavador resolveu se atirar da ponte para resgatar a moça. “Se eu fosse nadando daqui pra lá, não dava tempo de chegar porque ela tava afundando. Ela tava muito machucada”, fala.
O lavador resolveu se atirar da ponte para resgatar a moça. “Se eu fosse nadando daqui pra lá, não dava tempo de chegar porque ela tava afundando. Ela tava muito machucada”, fala.
O chefe de comunicação do Corpo de Bombeiros do DF, Rogério Soares, que indicou José Aparecido, afirma que o rapaz atuou como um bombeiro. "Isso é visível. Teve atitude rápida e eficiente de pular da ponte e salvar essa pessoa que com certeza ia se afogar, pois ela tinha várias fraturas e não ia conseguir nadar”.
José Aparecido, que veio do Rio Grande do Norte tentar a vida em Brasília, mora há um ano e meio debaixo da ponte. Ele trabalha como lavador e vigia de carro.
A subgerente de restaurante Jeane de Souza Andrade, de 23 anos, quebrou o braço e deslocou a bacia, mas se sente muito bem. Ela não sabe nadar e conta que ficou o tempo todo consciente.“Ele falou para eu ter calma, que ele dava conta, que ele ia me tirar. Pediu para eu continuar boiando. Ele ficava o tempo todo falando, eu dou conta, eu dou conta...”, diz a subgerente. Para ela, José Aparecido é mais que um herói. “Pra mim ele é um anjo, a pessoa escolhida por Deus para me salvar naquele momento. Uma pessoa se jogar de cima de uma ponte para salvar outra, arriscando a própria vida, sem saber se vai conseguir... Pra mim ele é um anjo”.
José Aparecido, 23 anos, está prestes a se tornar herói do Corpo de Bombeiros por ter salvado a vida de Jeane de Souza Andrade. Ele foi indicado a receber a Medalha de Mérito Dom Pedro II, que só é entregue àqueles que, de alguma forma, contribuíram para a corporação. Os nomes do heróis serão definidos ainda neste mês. Autoridades, como o ex-presidente Fernando Henrique, já receberam a medalha.
Este é o espírito que precisamos carregar.
Amor ao próximo. Não existe maior boa ação do que esta. Não digo que todos devemos nos jogar de pontes para ajudar ao próximo, mas existem pequenas ações que podemos tomar.
Doação de sangue, trabalho voluntário e por ai a fora.
O mundo precisa de você. Faça algo por ele.