Bem, para toda a população Brasileira o assunto da semana é a visita de Bush ao Brasil. Quem esta sentindo mais a pressão desta visita são os paulistas, que tiveram suas ruas interditadas, sua vida modificada e sua moral prejudicada.
O motivo desta visita é para assinatura do acordo de fornecimento do etanol do Brasil para os EUA, onde serão retiradas as tarifas (e os nossos impostos com isso, vão sofrer alguma alteração?).
O etanol é produzido através da cana de açucar, então me pergunto, se a cana de açucar ficar escassa haverá guerra, assim como o que acontece com o petróleo?
O motivo deste interesse no biocombustível e no etanol é que estes não produzem tanto gás carbônico, se o Bush esta tão preocupado com isso por que não assina o Protocolo de Kyoto?
Não adianta simplesmente substituir o combustível, além disso é preciso mudar alguns hábitos para que o povo possa respirar melhor, hoje os EUA são responsáveis por aproximadamente 36% da emissão de gás carbônico na atmosfera.
Bush justificou que o Protocolo era um "pacto" muito caro, alegando a ausência de provas de que o aquecimento global esta relacionado com a poluição industrial e que os cortes prejudicam a economia do país, e ao invés disso ele pretende utilizar tecnologias menos poluentes (etanol e biocombustível).
Abaixo segue matéria que achei PERFEITA extraída do site http://www.progresso.com.br/, veja:
"A passagem do presidente norte-americano, George W. Bush, pelo Brasil servirá apenas para mostrar ao resto do mundo e, principalmente para os demais países da América do Sul, que mesmo em uma nação onde 15 milhões de pessoas em idade economicamente ativa estão fora do mercado de trabalho e outras 30 milhões acordam todos os dias sem saber se terão o que comer, o governo ainda consegue gastar dezenas de milhões de reais dos cofres públicos para montar um gigantesco esquema de segurança com o único propósito de receber um chefe de Estado.
O presidente norte-americano não aterrissou por estas bandas trazendo na mala qualquer vantagem ou salvação para o povo brasileiro, mesmo porque o etanol que Bush quer conhecer melhor para adicionar à gasolina que os americanos consomem, a exemplo do que já é feito no Brasil, ainda não tem produção em volume suficiente para atender a demanda norte-americana. Aliás, o combustível que sai da cana-de-açúcar nacional mal atende as necessidades do país e a opção pelo mercado externo só elevaria o preço do produto para o consumidor brasileiro.
Se Bush estivesse de fato preocupado com a questão ambiental já teria cortado os subsídios que o governo norte-americano concede aos produtores de cana-de-açúcar e abriria o mercado dos Estados Unidos para o etanol brasileiro sem a taxação criminosa que pratica. Hoje, o litro de álcool combustível brasileiro que entra em solo norte-americano sofre uma taxação de 70%, ou seja, os produtores brasileiros não têm como concorrer em condições de igualdade com os americanos.
No ano passado por exemplo, as exportações brasileiras de álcool combustível para os Estados Unidos ficaram abaixo de US$ 800 milhões, mas poderiam ter passado da casa de US$ 1 bilhão se o álcool norte-americano não fosse subsidiado pelo governo. Pode até ser que o Brasil garanta alguma vantagem com a passagem do presidente norte-americano por São Paulo, mas esta vantagem, definitivamente, não será garantida pelo aumento nas exportações de etanol para a terra do Tio Sam.
Portanto, a viagem de George W. Bush ao Brasil nada mais é que uma jogada de marketing da Casa Branca com o objetivo de passar para o resto do mundo a imagem que o governo norte-americano está preocupado com a questão ambiental e com o país que é o pulmão do mundo. Coincidentemente, o presidente da nação que mais agride a camada de ozônio e, consequentemente, é a maior responsável pelo aquecimento do planeta, decide visitar o Brasil poucas semanas depois da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgar o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas apontando que a temperatura média do planeta subirá de 1,8ºC a 4ºC até 2100, provocando um aumento do nível dos oceanos de 18 a 59 cm, inundações e ondas de calor mais freqüentes, além de ciclones mais violentos durante mais de um milênio. De quebra, além do marketing ambiental, Bush aproveita para fazer frente a Hugo Chávez, minando o crescimento da liderança que o presidente venezuelano começa a exercer sobre a América do Sul.
Marketing à parte, o esquema de segurança montado pelo governo brasileiro, sob a supervisão de agentes norte-americanos, para receber Bush foi absurdo. Para os olhos do mundo é como se o presidente dos Estados Unidos estivesse de passagem por Bagdá, no Iraque, ou Cabul, no Afeganistão. Foram mobilizados centenas de policiais militares, civis e federais, mísseis antiaéreos, helicópteros e todo aparato de governo para fazer a segurança de um único homem. Contudo, o final da quinta-feira foi marcado por protestos que devem se estender por toda sexta-feira em diversas regiões brasileiras. Ainda assim, nem mesmo o antiamericanismo comum na maioria dos jovens brasileiros justifica tantos gastos, mesmo porque o Brasil, ainda que o crime impere nas grandes metrópoles e os marginais já empreguem táticas terroristas, está longe de ser uma Faixa de Gaza."
Veja nesta imagem o esquema adotado para a proteção do presidente dos EUA e da primeira dama.
Infelizmente por estar trabalhando não tenho como protestar, mas deixo registrado meu protesto contra estes acontecimentos.
O motivo desta visita é para assinatura do acordo de fornecimento do etanol do Brasil para os EUA, onde serão retiradas as tarifas (e os nossos impostos com isso, vão sofrer alguma alteração?).
O etanol é produzido através da cana de açucar, então me pergunto, se a cana de açucar ficar escassa haverá guerra, assim como o que acontece com o petróleo?
O motivo deste interesse no biocombustível e no etanol é que estes não produzem tanto gás carbônico, se o Bush esta tão preocupado com isso por que não assina o Protocolo de Kyoto?
Não adianta simplesmente substituir o combustível, além disso é preciso mudar alguns hábitos para que o povo possa respirar melhor, hoje os EUA são responsáveis por aproximadamente 36% da emissão de gás carbônico na atmosfera.
Bush justificou que o Protocolo era um "pacto" muito caro, alegando a ausência de provas de que o aquecimento global esta relacionado com a poluição industrial e que os cortes prejudicam a economia do país, e ao invés disso ele pretende utilizar tecnologias menos poluentes (etanol e biocombustível).
Abaixo segue matéria que achei PERFEITA extraída do site http://www.progresso.com.br/, veja:
"A passagem do presidente norte-americano, George W. Bush, pelo Brasil servirá apenas para mostrar ao resto do mundo e, principalmente para os demais países da América do Sul, que mesmo em uma nação onde 15 milhões de pessoas em idade economicamente ativa estão fora do mercado de trabalho e outras 30 milhões acordam todos os dias sem saber se terão o que comer, o governo ainda consegue gastar dezenas de milhões de reais dos cofres públicos para montar um gigantesco esquema de segurança com o único propósito de receber um chefe de Estado.
O presidente norte-americano não aterrissou por estas bandas trazendo na mala qualquer vantagem ou salvação para o povo brasileiro, mesmo porque o etanol que Bush quer conhecer melhor para adicionar à gasolina que os americanos consomem, a exemplo do que já é feito no Brasil, ainda não tem produção em volume suficiente para atender a demanda norte-americana. Aliás, o combustível que sai da cana-de-açúcar nacional mal atende as necessidades do país e a opção pelo mercado externo só elevaria o preço do produto para o consumidor brasileiro.
Se Bush estivesse de fato preocupado com a questão ambiental já teria cortado os subsídios que o governo norte-americano concede aos produtores de cana-de-açúcar e abriria o mercado dos Estados Unidos para o etanol brasileiro sem a taxação criminosa que pratica. Hoje, o litro de álcool combustível brasileiro que entra em solo norte-americano sofre uma taxação de 70%, ou seja, os produtores brasileiros não têm como concorrer em condições de igualdade com os americanos.
No ano passado por exemplo, as exportações brasileiras de álcool combustível para os Estados Unidos ficaram abaixo de US$ 800 milhões, mas poderiam ter passado da casa de US$ 1 bilhão se o álcool norte-americano não fosse subsidiado pelo governo. Pode até ser que o Brasil garanta alguma vantagem com a passagem do presidente norte-americano por São Paulo, mas esta vantagem, definitivamente, não será garantida pelo aumento nas exportações de etanol para a terra do Tio Sam.
Portanto, a viagem de George W. Bush ao Brasil nada mais é que uma jogada de marketing da Casa Branca com o objetivo de passar para o resto do mundo a imagem que o governo norte-americano está preocupado com a questão ambiental e com o país que é o pulmão do mundo. Coincidentemente, o presidente da nação que mais agride a camada de ozônio e, consequentemente, é a maior responsável pelo aquecimento do planeta, decide visitar o Brasil poucas semanas depois da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgar o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas apontando que a temperatura média do planeta subirá de 1,8ºC a 4ºC até 2100, provocando um aumento do nível dos oceanos de 18 a 59 cm, inundações e ondas de calor mais freqüentes, além de ciclones mais violentos durante mais de um milênio. De quebra, além do marketing ambiental, Bush aproveita para fazer frente a Hugo Chávez, minando o crescimento da liderança que o presidente venezuelano começa a exercer sobre a América do Sul.
Marketing à parte, o esquema de segurança montado pelo governo brasileiro, sob a supervisão de agentes norte-americanos, para receber Bush foi absurdo. Para os olhos do mundo é como se o presidente dos Estados Unidos estivesse de passagem por Bagdá, no Iraque, ou Cabul, no Afeganistão. Foram mobilizados centenas de policiais militares, civis e federais, mísseis antiaéreos, helicópteros e todo aparato de governo para fazer a segurança de um único homem. Contudo, o final da quinta-feira foi marcado por protestos que devem se estender por toda sexta-feira em diversas regiões brasileiras. Ainda assim, nem mesmo o antiamericanismo comum na maioria dos jovens brasileiros justifica tantos gastos, mesmo porque o Brasil, ainda que o crime impere nas grandes metrópoles e os marginais já empreguem táticas terroristas, está longe de ser uma Faixa de Gaza."
Veja nesta imagem o esquema adotado para a proteção do presidente dos EUA e da primeira dama.
Infelizmente por estar trabalhando não tenho como protestar, mas deixo registrado meu protesto contra estes acontecimentos.